Itaú demite funcionários após revisão de produtividade no home office
Demissões impactam cerca de mil trabalhadores
O Itaú Unibanco tomou uma medida drástica que resultou na demissão de aproximadamente mil funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou remoto. Esta decisão foi informada pelo Sindicato dos Bancários e ocorreu após a instituição financeira conduzir uma avaliação da produtividade dos colaboradores no ambiente de home office.
Embora o Itaú não tenha confirmado oficialmente o número de demissões, a empresa emitiu uma nota explicando que a decisão foi o resultado de uma ‘revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e ao registro de jornada’. O banco destacou que encontrou incompatibilidades entre as atividades registradas nas plataformas e o ponto dos trabalhadores, sugerindo que as horas efetivamente trabalhadas não foram devidamente registradas.
Justificativas e reações à decisão
O Itaú afirmou que as demissões fazem parte de um ‘processo de gestão responsável’ cujo objetivo é preservar a cultura da instituição e a relação de confiança construída com clientes, colaboradores e a sociedade. Este argumento, no entanto, não convenceu o Sindicato dos Bancários, que expressou forte descontentamento com a decisão.
O sindicato criticou a maneira como os desligamentos foram conduzidos, afirmando que ocorreram sem advertências prévias ou diálogo com a entidade sindical, o que foi interpretado como um desrespeito aos bancários e à relação com o movimento sindical. Maikon Azzi, diretor do sindicato e funcionário do Itaú, declarou que os desligamentos se basearam em registros de inatividade nas máquinas corporativas, com algumas ocorrências de suposta ociosidade por quatro horas ou mais.
A posição do sindicato e o histórico recente
O sindicato enfatizou que o banco não buscou diálogo com os funcionários para corrigir supostas condutas inadequadas e tampouco deu oportunidade para que os empregados se defendessem. A entidade informou que, nos últimos 12 meses, o Itaú já havia cortado 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro total para 85.775 funcionários.
Neiva Ribeiro, presidente do sindicato, criticou duramente a decisão, afirmando que, em um momento de lucros elevados, o banco não possui justificativas aceitáveis para realizar demissões em massa. A entidade pretende procurar o Itaú para buscar esclarecimentos sobre as novas demissões e cobrar a reposição das vagas eliminadas.
A visão do banco sobre os desligamentos
De acordo com o comunicado emitido pelo Itaú Unibanco, os desligamentos estão relacionados a uma ‘revisão criteriosa’ de condutas no trabalho remoto e no registro de jornada. A instituição identificou padrões de comportamento que considerou incompatíveis com seus princípios de confiança, os quais são descritos como inegociáveis para o banco.
A nota do Itaú reforçou que essas decisões fazem parte de um esforço maior de gestão responsável, visando preservar a cultura organizacional e a relação de confiança com todos os seus stakeholders, incluindo clientes, colaboradores e a sociedade em geral.
Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco.
Ano | Número de funcionários | Postos eliminados |
---|---|---|
2024 | 86,293 | 518 |
2025 | 85,775 | 1,000 |
Fonte: g1.globo.com
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