Lula expressa pesar por acidente aéreo fatal no Pantanal

Tragédia Aérea em Aquidauana

Na noite de terça-feira (23), uma tragédia abateu o céu do Pantanal sul-mato-grossense com a queda de um avião de pequeno porte na cidade de Aquidauana, a cerca de 150 quilômetros de Campo Grande. O acidente resultou na morte de quatro pessoas, entre elas, o piloto Marcelo Pereira de Barros e três passageiros notáveis: Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, Rubens Crispim Jr e o arquiteto chinês Kongjian Yu.

A aeronave envolvida, um Cessna Aircraft 175, prefixo PT-BAN, chocou-se com solo por razões que ainda estão sendo investigadas. Equipes do 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos foram ao local para coletar dados que possam esclarecer as causas do acidente.

Luto e Reconhecimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua tristeza e consternação ao saber do acidente. Em uma nota oficial, lamentou a perda de vidas e destacou a importância de cada uma das vítimas. O presidente ressaltou, particularmente, a contribuição do arquiteto Kongjian Yu, uma figura de renome mundial pelo seu trabalho inovador em urbanismo. Kongjian Yu é conhecido pelo conceito das ‘cidades-esponja’, que integra elementos naturais aos ambientes urbanos para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Lula enfatizou a relevância desse conceito para o futuro das cidades, especialmente em tempos de alterações climáticas severas. Ele também expressou seus sentimentos aos amigos, familiares e colegas dos falecidos, deixando um recado de solidariedade e apoio.

Perfil das Vítimas

Marcelo Pereira de Barros, 59 anos, era um piloto experiente e proprietário da aeronave que caiu. Sua paixão pela aviação e amor pelo Pantanal eram bem conhecidos por aqueles que o cercavam. Junto dele estavam Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, 42 anos, um cineasta talentoso que dedicou sua carreira a documentar a beleza e os desafios do meio ambiente, e Rubens Crispim Jr, 51 anos, um renomado diretor de fotografia com um olhar único para capturar a essência visual de suas obras.

Kongjian Yu, 62 anos, era uma das mentes mais inovadoras na arquitetura contemporânea. Nascido na China, ele se tornou um pioneiro no planejamento urbano sustentável, defendendo o uso inteligente de recursos naturais para aumentar a resiliência das cidades frente às mudanças climáticas.

Investigações em Andamento

As autoridades aeronáuticas continuam a investigação sobre o que teria causado a queda do Cessna 175. O 4º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos está analisando as evidências coletadas no local, incluindo destroços e dispositivos de gravação de voo, para determinar as circunstâncias que culminaram na fatalidade.

Embora as causas ainda não tenham sido determinadas, especialistas da área destacam a importância de tal investigação para evitar futuros acidentes e melhorar a segurança na aviação civil.

Impacto e Legado

O acidente não só trouxe luto, mas também destacou a contribuição inestimável das vítimas para suas respectivas áreas de atuação. O legado de Kongjian Yu como defensor das ‘cidades-esponja’ ressoa especialmente em um momento crítico para as cidades ao redor do mundo que enfrentam desafios climáticos. Seu trabalho continua a inspirar arquitetos e urbanistas a incorporar soluções sustentáveis em seus projetos.

Para Luiz Ferraz e Rubens Crispim Jr, a perda é sentida profundamente no campo do cinema e da documentação ambiental, onde suas narrativas visuais ajudaram a aumentar a conscientização sobre a importância da conservação ambiental. Essa tragédia serve como um lembrete do impacto duradouro que essas figuras tiveram e continuarão a ter em seus campos.

“Em tempos de mudança climática, Kongjian Yu se tornou uma referência mundial com as cidades-esponja, que unem qualidade de vida e proteção ambiental: algo que queremos – e precisamos – para o futuro”, escreveu o presidente.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br