Morre Robert Redford, ator e diretor vencedor do Oscar, aos 89 anos
Despedida de um ícone de Hollywood
Robert Redford, o carismático ator e diretor vencedor do Oscar, faleceu no dia 16 de setembro de 2025, aos 89 anos. A informação foi confirmada por sua publicista, Cindi Berger, que destacou a passagem de Redford em sua residência em Sundance, nas montanhas de Utah, cercado por seus entes queridos.
“Robert Redford faleceu em 16 de setembro de 2025, em sua casa em Sundance, nas montanhas de Utah – o lugar que ele amava, cercado por aqueles que ele amava. Ele fará muita falta”, declarou Berger em comunicado à CNN. A família pediu privacidade nesse momento de luto.
Carreira e legado cinematográfico
Redford ficou conhecido por seus papéis de destaque em filmes clássicos como ‘Butch Cassidy and the Sundance Kid’ e ‘All the President’s Men’. Além de sua atuação memorável, ele também dirigiu filmes premiados como ‘Ordinary People’ e ‘A River Runs Through It’.
Sua paixão pela arte cinematográfica o levou a fundar o Sundance Institute, uma organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar filmes independentes e o teatro, sendo também responsável pelo renomado Festival de Cinema de Sundance.
Robert Redford foi uma figura importante na promoção do cinema independente, utilizando sua influência para abrir caminho a novos talentos e histórias inovadoras. Sua dedicação ao cinema foi reconhecida com um Oscar honorário em 2002, consagrando seu impacto duradouro na indústria cinematográfica.
Compromisso com o meio ambiente
Além de seu legado no cinema, Redford era um fervoroso defensor das causas ambientais. Ele se mudou para Utah em 1961, onde liderou esforços para preservar a paisagem natural do estado e do oeste americano. Sua ligação com a natureza foi uma constante em sua vida, inspirando suas ações e escolhas pessoais.
Em outubro de 2020, Redford expressou sua preocupação com a falta de foco nas mudanças climáticas em meio aos devastadores incêndios florestais nos Estados Unidos ocidentais, em um artigo de opinião escrito para a CNN.
Os últimos anos e o legado familiar
Redford continuou atuando até seus anos finais, reunindo-se com Jane Fonda no filme da Netflix de 2017 ‘Our Souls at Night’. No ano seguinte, ele estrelou ‘The Old Man & the Gun’ aos 82 anos, um filme que ele declarou seria seu último trabalho nas telas, apesar de não considerar realmente a aposentadoria.
Em um momento pessoal difícil, Redford perdeu seu filho David James Redford para o câncer em outubro de 2020. David, que tinha 58 anos, seguiu os passos do pai como ativista, cineasta e filantropo, deixando um legado de impacto semelhante ao de seu pai.
Uma jornada de vida repleta de conquistas
Nascido em Santa Monica, Califórnia, em 1936, Redford cresceu em um ambiente modesto, com seu pai trabalhando longas horas como leiteiro e contador. Apesar das dificuldades, ele encontrou na leitura e nas artes uma forma de escapar dos limites de sua infância.
Sua trajetória como ator começou após ele deixar a Universidade do Colorado, onde estudava com uma bolsa de beisebol. Depois de um período de autodescoberta na Europa, ele retornou aos Estados Unidos para estudar teatro na Academia Americana de Artes Dramáticas, em Nova York.
A carreira de Redford decolou na década de 1960, culminando em seu estrelato em ‘Butch Cassidy and the Sundance Kid’ em 1969. Ele também teve um papel significativo na Broadway em ‘Barefoot in the Park’, que mais tarde o levou a reprisar o papel no cinema ao lado de Jane Fonda.
Influência duradoura e reconhecimento
A dedicação de Redford ao cinema e à defesa de causas meritórias inspirou gerações. Sua criação do Sundance Institute e sua visão para o Festival de Cinema de Sundance abriram portas para cineastas como Steven Soderbergh, Quentin Tarantino e Ryan Coogler, que encontraram no festival uma plataforma vital para seus trabalhos independentes.
Robert Redford deixa uma marca indelével na história do cinema e do ambientalismo, sempre lembrado por sua capacidade de inspirar e desafiar normas estabelecidas, buscando constantemente novas formas de contar histórias e proteger o meio ambiente.
Para mim, aposentadoria significa parar ou desistir de algo. Há essa vida para ser vivida, por que não viver o máximo possível enquanto puder?
Fonte: edition.cnn.com



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